Anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro, em reunião entre a CMB e Federações do setor

O governo federal repassará, por medida provisória, R$ 2 bilhões para as Santas Casas e hospitais filantrópicos, auxiliando as instituições no enfrentamento à Covid-19 e atendimento de demais enfermidades. O anúncio foi feito nesta terça-feira (25), em reunião entre a CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas) e lideranças de 17 Federações de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de várias partes do país, com o presidente da República, Jair Bolsonaro. A expectativa é que a MP seja editada nos próximos dias.
Por parte do governo federal, estiveram presentes também o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Representando a Câmara, estavam presentes os deputados Antonio Brito (que preside a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), Pedro Westphalen, Luizinho, Carmem Zanoto, Pinheirinho, Jerônimo Goergen e o líder do Governo, Ricardo Barros. A reunião teve ainda a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Durante o encontro, o presidente da CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas), Mirocles Véras levou à Presidência a discussão sobre a sustentabilidade da área filantrópica, tendo em vista a alta demanda dos hospitais no atendimento à Covid-19, somada a outros tipos de casos, além dos impactos da elevação nos preços de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), insumos e medicamentos.
Outra questão abordada na reunião pontuou o cenário pós-pandemia, com a demanda represada por consultas, exames e cirurgias adiadas no atual momento. A saúde filantrópica é responsável por mais de 50% de atendimento da média complexidade dos SUS (Sistema Único de Saúde) e mais de 70% da alta complexidade.

“Sem esse recurso extraordinário os hospitais filantrópicos não teriam como continuar os atendimentos aos pacientes Covid-19, com o crescente número de casos e o aumento de custos, seja para aquisição de insumos e medicamentos, além da grande preocupação com a demanda reprimida de demais doenças e tratamentos que virão”, falou Véras. “O Governo Federal foi receptivo ao nosso pleito, reconhecendo a importância destas instituições e o protagonismo que assumem em defesa do SUS em nosso país”, conclui.