A diretora geral do Hospital Regional São Paulo (HRSP) e presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (Fehosc), Ir. Neusa Lúcio Luiz, participou na tarde desta segunda-feira (31) da 13ª reunião ordinária da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O encontro, que ocorreu de maneira virtual e com transmissão ao vivo, reuniu parlamentares, representantes da Secretaria Estadual da Saúde (SES) e de entidades representativas dos hospitais catarinenses.
A reunião foi presidida pelo presidente da Comissão de Saúde da Alesc, deputado Neodi Saretta. Em pauta, as atividades hospitalares durante a pandemia, o planejamento pós-covid por parte da Fehosc e Ahesc (Associação de Hospitais de Santa Catarina) e manifestações referentes ao Dia Estadual dos Hospitais Filantrópicos, comemorado em 27 de agosto.
Ao fazer uso da palavra, a presidente da Fehosc frisou que o setor filantrópico é indispensável para o SUS. Em Santa Catarina há aproximadamente 140 hospitais filantrópicos, responsáveis por quase 80% dos leitos de Unidade Terapia Intensivo (UTIs) e dos leitos hospitalares.
“Apesar da importância para o SUS e do reconhecimento da população, as entidades sem fins lucrativos enfrentam o desafio de manter a qualidade de seus serviços e a viabilidade operacional e financeira, especialmente diante da restrição orçamentária, dos custos crescentes e da demanda por novos investimentos. Nossas instituições vêm sofrendo progressivo endividamento, o que afeta sobremaneira a continuidade da prestação de serviços”, comenta.
Segundo Ir. Neusa, os hospitais filantrópicos têm se desdobrado para abrir os leitos de UTI ou Retaguarda Clínica, para motivar as equipes para enfrentamento o enfrentamento da pandemia, além de enfrentarem lutas diárias para compra de medicamentos e materiais de proteção individuais. E destacou a urgência do aperfeiçoamento de uma política de Estado para a saúde.
“É urgente priorizar um olhar regional para evitar deslocamentos desnecessários para os grandes centros, dotando dos hospitais de alta complexidade, de uma rede de médios e pequenos hospitais para atendimento da média complexidade. Esta rede existe, é a rede hospitalar filantrópica de SC, que orgulha nosso Estado e espera atender sempre mais e melhor, porém depende de recursos financeiros”, finalizou a presidente.