Todos já sabem que para o profissional de saúde atuar no tratamento ao covid-19 é necessário vários Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). São quatro camadas de roupas, touca, máscara, luvas e protetores faciais que deixam enfermeiros e técnicos em enfermagem difíceis de serem reconhecidos. Para reduzir essa barreira e tentar oferecer um atendimento mais humanizado o Hospital Regional São Paulo (HRSP), de Xanxerê, adotou um novo recurso em meio à pandemia do coronavírus: um crachá com foto própria sorrindo, o nome e a função da pessoa que realiza o atendimento.

Os pacientes em tratamento pelo covid-19 ficam em leitos separados das demais alas, sem a presença de acompanhantes, o que torna o período de internação bastante solitário. Os crachás, confeccionados de maneira simples, buscam, na medida do possível, criar uma ponte entre a equipe e o paciente fragilizado, amenizando a dor, não só da patologia, mas do distanciamento entre as pessoas. “A proposta da ação é aproximar as equipes de enfermagem e mostrar que quem está por trás da máscara é um ser humano. Trazer o sentimento de empatia para os pacientes. Mostrar o rosto, e, em especial, o sorriso de quem cuida quando está despojado dos equipamentos, aproxima as pessoas”, comenta a gerente de enfermagem, Michele Suzana Fernandes.

Por precaução, os crachás do HRSP foram confeccionados em material que permite a higienização. Além das equipes de enfermagem, os recepcionistas da área covid-19 também usam o acessório de identificação. A ideia surgiu inspirada em outras instituições do país e do mundo. O médico Robertino Rodriguez, de San Diego, Estados Unidos, publicou em suas redes sociais, em abril, uma foto usando crachá similar. Ele iniciou um movimento batizado de “Share your smile”, ou “Compartilhe o seu sorriso”, que ganhou adeptos no mundo todo.