Diretor administrativo Fábio Lunkes fala dos investimentos e os planos para o futuro da instituição
Referência no Serviço de Alta Complexidade em Cardiologia desde 2004, o Hospital Regional São Paulo (HRSP), atende uma população de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas em todo o grande Oeste Catarinense. Somente em 2018, o hospital realizou quase 19 mil atendimentos na especialidade. Localizado em Xanxerê, Santa Catarina, o HRSP dispõe de uma equipe qualificada, com cerca de 600 profissionais, modernos equipamentos para o atendimento de casos de Urgência e Emergência em problemas cardíacos, além de uma ampla estrutura ambulatorial para os casos eletivos.
Nesta entrevista, o diretor administrativo da unidade hospitalar, Fábio Lunkes, destaca a importância da estrutura para o sistema de saúde catarinense, além dos investimentos para dar ainda mais qualidade aos serviços prestados pelo HRSP.
ASCOM: Sabemos que o Hospital Regional São Paulo ocupa uma posição importante para o Sistema de Saúde de Santa Catarina. Quais são as principais referências da instituição?
Fábio Lunkes: O Hospital Regional São Paulo é um hospital estratégico para o Sistema de Saúde do Estado, uma vez que atende no Serviço de Urgência e Emergência uma população de 200 mil habitantes, que compreende toda a região da Associação dos Municípios do Alto Irani (Amai) e municípios vizinhos. Também é referência na Rede Cegonha, no atendimento de gestantes de alto risco e recém-nascidos, possuindo uma UTI Neonatal moderna, com dez leitos, que oferta os leitos para todo o Estado quando é necessário. Além disso, nossa principal referência é para Serviços de Alta Complexidade em Cardiologia, que desde 2004 somos credenciados. Ao longo destes 14 anos viemos investindo muito em estrutura e na modernização dos equipamentos, para sempre ofertar um atendimento ágil, com qualidade e com segurança para os nossos pacientes.
ASCOM: Traçando uma linha do tempo da evolução do Serviço de Cardiologia, quais são as principais conquistas ao longo destes 14 anos?
FL: Nós começamos primeiramente atendendo uma região entre concórdia e a fronteira com a Argentina, no extremo Oeste. Em seguida, ao longo dos anos, agregamos as regionais de Joaçaba, Videira e Caçador. O serviço hoje atende uma região de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas em toda o grande Oeste Catarinense. Em todo esse período foram investidos em torno de R$ 50 milhões, em estrutura física e modernização do parque tecnológico do Hospital, justamente para dar mais segurança e agilidade, mantendo a qualidade dos serviços prestados à população. Esses recursos foram oriundos quase na sua totalidade de convênios com o Governo do Estado de Santa Catarina e Governo Federal, por meio de emendas de parlamentares aqui da região.
ASCOM: Quem passa pelo HRSP percebe uma grande estrutura em construção, que é o Bloco II? Esse novo prédio contempla também o Serviço de Cardiologia?
FL: Contempla, especialmente nesta primeira etapa, que estamos em fase de finalização. Com a inauguração de dois pavimentos, vai compreender serviços exclusivos de cardiologia, como é o caso da UTI Coronariana, com dez novos leitos, sendo a única UTI Coronariana da região Oeste, e representando dez leitos a mais no sistema do Estado, para dar atendimento rápido para os pacientes infartados e com problemas cardiológicos que precisam de um leito de UTI suporte para o atendimento e tratamento das doenças cardiovasculares. O novo bloco vai comportar ainda a nova estrutura de Hemodinâmica, sendo uma das máquinas mais modernas do Estado, já que há apenas uma do mesmo porte instalada no Instituto de Cardiologia, em Florianópolis. O equipamento vai dar suporte nos casos de tratamentos cardiovasculares. Além disso, o novo prédio contempla a ampliação do Serviço de Diagnóstico por Imagem, com uma Ressonância, uma nova Tomografia de 128 canais, que vai auxiliar no diagnóstico de problemas cardiovasculares, equipamento que poucos hospitais catarinenses possuem. Em seguida, com a sequência da obra no Bloco II haverá também a ampliação do Centro Cirúrgico, Central de Esterilização de Materiais, uma nova Unidade de Internação com 28 leitos e o Heliponto.
ASCOM: Uma das novidades de 2018 foi a implantação da Residência Médica em Cardiologia? O HRSP tem planos para a área do ensino?
FL: Sim, um dos avanços conquistados pelo Hospital Regional São Paulo em 2018 foi a implantação da Residência Médica em Cardiologia, sendo a única na região Oeste. Para 2019 mais duas vagas foram abertas e o planejamento da instituição é intensificar cada vez mais a educação e formação de profissionais especializados em cardiologia. Há ainda um projeto, em parceria com a Unochapecó e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), para transformar o HRSP em um Hospital Ensino (HE), visando trazer mais procedimentos para a região. Tornando-nos um HE, abrem-se portas nos Governos para trazer novas habilitações para o hospital.