O Hospital Regional São Paulo (HRSP), de Xanxerê, recebeu a doação de obras de arte de familiares de duas pacientes que estiveram hospitalizadas na instituição. As obras, um quadro e uma escultura, ambos retratando a Santa Ceia, faziam parte do acervo pessoal das doadoras, Greice Seraglio Schell e Liliane Seraglio, e estavam na família há cinco décadas. “Achamos por bem doar ao hospital um acervo nosso, que está há 50 anos na família, como forma de agradecer essas pessoas que foram tão especiais conosco”, comentam.
As doadoras perderam recentemente a mãe, Izila Zaffari Seraglio, e a irmã, Lia Mara Seraglio, após longos períodos de internação no HRSP. As duas receberam a atenção da equipe multiprofissional da instituição. Apesar das perdas, para a família, a atenção prestada nesse momento difícil fez toda a diferença. “Nós temos uma gratidão muito grande para com o hospital e os funcionários que de maneira incansável cuidaram delas. Foram uma peça principal em nossas vidas, em que no momento de dor encontramos o acalento, nunca ninguém nos negou uma palavra ou atendimento. Acima de tudo, o que teve foi carinho e doação das pessoas para conosco”, contam.
As obras foram recebidas pela diretora geral do HRSP, Irmã Neusa L. Luiz, que imediatamente determinou a fixação do quadro da Santa Ceia no hall de entrada dos elevadores do Bloco I, onde circulam visitantes e acompanhantes de pacientes e permanecem, também, os familiares de pacientes que estão em procedimento no Centro Cirúrgico. A segunda obra está na direção do hospital, que nos próximos dias deve providenciar um local adequado para a exposição da imagem.
“Ficamos imensamente felizes com o reconhecimento ao nosso trabalho refletido por meio desse gesto de doação. Sabemos que é uma obra com valor sentimental incalculável e nos sentimos honrados em poder disponibilizá-la para todos que passam pelo nosso hospital. Pensamos no hall exatamente por ser um dos locais em que as famílias aguardam aflitas por notícias de quem está em procedimento cirúrgico e esperamos que de alguma forma o quadro ajude a acalmar a aflição, por meio da espiritualidade”, explica a diretora.