Fumaça, corre-corre, sirenes ligadas e pacientes, resgatados da Maternidade, recebendo atendimento na calçada. A movimentação em frente ao Hospital Regional São Paulo chamou a atenção de quem estava nas proximidades na tarde desta segunda-feira (16). Mas, não havia fogo, tudo era apenas uma simulação.
O treinamento incluiu equipes de brigadistas da unidade hospitalar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Departamento Municipal de Trânsito e Iguaçu Energia. Uma máquina de fumaça foi usada para dar mais realismo à encenação. Ao todo, 30 figurantes representaram os papéis de pacientes, acompanhantes e profissionais, e foram resgatados do setor onde a simulação ocorreu.
O incêndio fictício iniciou por volta das 16 horas. Uma enfermeira percebeu a fumaça, acionou a brigada de incêndio do HRSP e na sequência o Corpo de Bombeiros. Imediatamente, os brigadistas foram anunciados no sistema de som interno, para ajudar no resgate das vítimas até a chegada dos bombeiros.
Os brigadistas do hospital retiraram 28 pessoas do local. Outros dois pacientes da simulação foram resgatados pela equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros, entre eles um bebê/boneco, que teve 30% do corpo queimado. As vítimas eram atendidas e triadas na própria calçada em frente ao hospital, numa espécie de pronto atendimento improvisado. Na simulação, cinco pessoas apresentavam ferimentos graves em razão do fogo.
Conforme o coordenador regional de Defesa Civil, Luciano Peri, a partir do acionamento dos órgãos oficiais foi monitorado desde o tempo de acionamento do socorro pelo próprio hospital, assim como o tempo resposta das unidades, para que na ocorrência de uma situação real todos estejam preparados.
“O simulado visou identificar justamente quais são as condições de evacuação do ambiente hospitalar, trazendo algumas complicações como pacientes com dificuldade de locomoção, como no pós-cesárea ou parto. Isso fez com que a equipe fosse treinada e capacitada para entender a dinâmica da evacuação. Assim como observar os pontos positivos e quais os aspectos a melhorar”, explica Peri.
Na próxima semana haverá uma avaliação por parte das equipes que participaram do simulado. A partir desse momento, haverá capacitações e treinamento. “Esse é o primeiro passo do Plano de Gestão de Desastres do hospital, que consiste na evacuação das pessoas de forma segura, tanto pacientes, quanto profissionais, acompanhantes e visitantes. As próximas ações são a elaboração do Plano de Ação Emergencial, com o intuito de preparar o hospital para um evento de grande magnitude que afete a estrutura, e o Plano de Contingência, para o atendimento de uma grande demanda como o caso de acidentes e fenômenos com múltiplas vítimas”, complementa o coordenador.
Brigada de Incêndio
Nos últimos meses o HRSP tem trabalhado para a elaboração do Plano de Gestão de Desastres e montou inclusive uma brigada de combate a incêndio. Ao todo, cem profissionais se voluntariaram a participar da equipe e receberam treinamentos teóricos nas últimas semanas sobre primeiros socorros e combate a incêndio.
Segundo a coordenadora de Segurança no Trabalho do HRSP, Daiana Baldo, o intuito é seguir com os treinamentos no primeiro semestre de 2020. “Teremos uma série de treinamentos com os nossos brigadistas, focando também a parte prática, com o intuito de capacitá-los para agir em uma possível situação real”, conclui.